terça-feira, 28 de janeiro de 2014
fadista de Gabarito
Fadista de Gabarito
Há' mais de dois anos assisti com a minha Mulher a um programa de fados de artistas amadores no antigo recinto desportivo do Stela Maris de Peniche .
Os fundos angariados não sei se eram para o memorial se para obras de restauração da sala interior do cinema e teatro aonde ultimamente tínhamos assistido a diversos espectáculos .
Quando estamos para as bandas do Oceano atlantico sempre que se proporciona lá estamos caídos a assistir a espectáculos que de uma maneira geral gostamos e apoiamos .
Nunca estou familiarizado com os nomes dos diversos artistas e e' sempre com satisfação que eu e a Genoveva não regateamos os nossos aplausos .
Mais uma vez como tínhamos andado passeando por outras localidades do Pais foi de surpresa que ao tomarmos conhecimento da sessão de fados apesar da casa cheia, ainda por favor conseguimos os dois lugares que a' falta do melhor se situavam quase junto a ' porta de entrada do recinto e foi com dificuldade que mal enxergávamos as faces dos artistas convidados embora os regulares fadistas mesmo de longe identificávamos pelas suas vozes .
Chamou-me a atenção um dos artistas convidados que foi anunciado como sendo de uma próxima localidade que tendo uma voz de fadista castiço deu o seu melhor a que os assistentes retribuíram com calorosos aplausos e passamos umas horas agradaveis de convivio e caldo verde a' mistura .
Eu ainda tenho uma costela de atouguiense pois a minha mãe nasceu na Atouguia da Baleia somos da Família dos Martelos como são conhecidos os meus bastantes familiares que ainda existem ,embora muitos deles emigrados em Franca . assim como pessoas amigas residentes desde longa data e durante muitas das vezes quando em Portugal ,gostamos de passar umas horas na Atouguia da Baleia '
Naquele dia depois de visitarmos amigos e dar as voltas da praxe fomos ao café' beber uma bica no final perguntamos se havia bolo Molotov .
Disseram-nos que havia um inteiro. Perguntamos se podiam partir ao meio que levariamos metade . A empregada foi perguntar la' para dentro .
Já' eram quase horas de fecho e a resposta veio que não partiam o bolo . Apesar de ser muito , resolvemos levar o bolo completo .
Eu já ' tinha reparado havia alguns minutos que um senhor que estava sentado sozinho numa mesa da frente olhando atentamente para a televisão parecia aquele fadista que umas noites antes nos tinha deliciado com tão bons fados . Já tinha dito a’ minha Mulher e entre duvidas , estivemos alguns minutos com as nossas duvidas e certezas levantei-me para ir a casa de banho . quanto mais me aproximava , - tinha que passar mesmo junto dele -, o seu perfil de cara fazia-me ver mais, a pessoa que eu tinha na minha mente e descarado como penso que sou , disse-lhe delicadamente :
Então como esta’ ? Vem aqui hoje para nos diliciar com uns fadinhos ?.
Parecendo que faiscando , os seus olhos com uma expressão terrível no olhar disse-me :
Eu não quero falar consigo e disse-me algumas palavras ameaçando-me ,eu não sou como os outros .
Perplexo virei as costas e já’ não fui no momento a’ casa de banho.
Quando cheguei ao pé’ da minha mulher , ela perguntou-me o que eu tinha dito aquele senhor?
Eu muito naturalmente disse-lhe que não sabia o que se tinha passado com ele ,pensei que seria um daqueles portugueses como tantos os há que talvez tivesse sofrido algum motivo forte com a situação dele ou de algum familiar e que certamente estaria transtornado emocionalmente .
Curioso fiquei quando uma voz de mulher se elevou na ocasião dizendo :
Vêem de lá’ de Peniche para aqui …. E perdendo a sua vós ,audição não consegui compreender de facto o que ela tinha dito .
Ainda perguntei a um senhor que antigamente o conhecia de Peniche mas que não sei o seu nome , :
Este senhor e’ daqui. ? tem algum problema mental ?
Também não recebi nenhuma resposta concreta apesar de me responder entre dentes .
Eu de uma maneira geral tento ser uma pessoa educada quando falo com alguém e não conhecendo a pessoa a quem me estou a dirigir ainda mais uso a cortesia e educação que me ensinaram desde pequeno
Falando em cortesia . se por acaso alguém que na altura assistiu a esta cena desta peca que só’ teve dois actos prometo a’ primeira pessoa que por por casualidade sabe o nome desta pessoa e mo diga , ofereço um Bolo Molotov comprado no mesmo café’ Na Atouguia da Baleia .
Com as maiores saudações sou o
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada
28- 01-2014 fielamigodepeniche.blogspot.com
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