Peniche Fortaleza
Autor ?
Policias e ladroes
Actual ?
Autor ?
Policias e ladroes
Actual ?
( Assimilação )
Tempos modernos
de
2014
O policia e o ladrão
A ultima nossa beneficência junto da Colónia
Portuguesa foi protagonizada por um
desvio insólito de dois homens que preferiram a ilegalidade ao trabalho honesto e por isso como e natural
sofreram as suas consequências
Depois de um dia de trabalho harmonioso decidi depois de jantar dar uma
volta ate ao nosso ainda Clube Português de Vancouver.
Ainda
mal tinha entrado a soleira da porta e
enquanto espraiava a vista pela sala de convívio já via o meu amigo Ramos que em direcção a saída se aproximava de mim .
Afastei-me para o deixar passar pois estava - lhe a
obstruir a saída quando ele parando
disse - me :
Eu não
vou sair , somente quero contar-lhe mais uma dificuldade que existe entre dois
nossos compatriotas que há poucas
semanas chegaram a Vancouver e já estão com dificuldades pois não encontram trabalho e acabou -se -
lhes o dinheiro e agora estão aflitos pois não teem dinheiro para pagar o hotel
em que estão hospedados e já não teem dinheiro para se alimentarem.
O meu
Amigo Ramos de vez enquanto proporcionava-me encontros desta natureza e eu como sempre tentava resolver as situações
, mais uma vez me vinha dar a conhecer
este problema.
Enquanto bebia-mos um café o Ramos deu-me mais pormenores e assim fiquei
a saber que se tratava de dois portugueses que não eram conhecidos na colónia e
que ele sabia que já não tinham comer no dia seguinte.
Eram rapazes novos ainda próximo dos trinta anos de idade
e ao que parecia , tinham vindo como
turistas
Mais
uma vez fiz notar ao meu Amigo Ramos que eu não podia armar em benfeitor dos desfavor
idos da sorte que por entre malhas me vinham bater a minha porta.
Vivíamos do nosso trabalho e já tínhamos uma Família
grande para também ajudar
Senhor Manuel nos sabemos que o Sr. consegue sempre arranjar algum
estratagema para ajudar os nossos emigrantes…. e era por isso que ele mais uma
vez me pedia para ver o que poderia fazer por estes .
O Ramos já era um dos meus conhecidos de Montreal que por
sinal enquanto solteiros usavam passar a ceia de Natal
com a nossa Família e eu tinha -
o sempre como um Homem serio e comecei indagando aonde era o hotel que eles
estavam a viver e no dia seguinte depois
de jantar fui ao local indicado para verificar se estaria lá algum deles .
De
facto estavam lá os dois e sem muitos preâmbulos
fiz-me convidado a entrar .
Pareciam muito envergonhados com a nossa presença pois a
minha Mulher como de costume tinha ido comigo e em poucos minutos sem entrar em
pormenores pessoais pedi um refrescante
para tomar ao qual me responderam que não tinham nada para oferecer .
Disse -lhes que aqui no Canada e’ costume o frigorifico
estar sempre recheado de tudo que no’s necessitamos.
Ganharam coragem e um deles disse –me que pouco tinham ou mesmo nada .
Descaradamente e já’ agarrando o puxador da porta disse-lhes , posso ? e de seguida abri a
porta .
Lá dentro não havia nada ! !. Então vocês vão comer ao
restaurante ? .
Não ,nós fazemos aqui quando temos .
Fechei a porta e disse –lhes : nós voltamos já’ . Dai a pouco regressamos
e já trazíamos uns pacotes de carne da
mais barata, miúdos de galinha e algumas pecas de porco , esparguete ., um
pacote de carne de vaca para gizar ,batatas, três ou quatro cabeças de nabos ,
um repolho ,etc.
Ficou combinado que no outro dia me telefonassem para eu poder dizer
alguma coisa se houvesse.
Dali fui logo
falar com um amigo para saber se ele lá tinha algum quarto para ficarem e serviço
de cozinha.
Tudo
ficou resolvido e no final do tempo que faltava para saírem do hotel consegui
arranjar trabalho para um e o outro também
podia ir. Eu como de costume disse a esse meu amigo que eu pagaria o primeiro
mes mas ele , nunca dizia que eu estava como fiador e nunca ninguém me deixou mal , embora um ficou ‘me a dever por seis anos,
pois ate a passagem de retorno tive que pagar –lhe mas essa e outra grande
historia .
Ficamos Amigos e de vez em quando convidava-os para comerem muitas das vezes e foi a pouco e pouco que
comecei a saber a historia....
Alfredo e Amândio , nomes fictícios , tinham vindo juntos de Macau e
fizeram uma grande aventura .
Alfredo era policia
nunca o soube , se Policia de Segurança
Publica ? ou outra qualquer que na altura fazia serviço de patrulha e policiava
a Cidade de Macau . Era natural de uma vila de Trás dos Montes e filho bastardo de um Sr. doutor das
redondezas . Amândio era empregado num banco
também nessa cidade não sabendo eu , nome nem qual a posição que nesse
banco exercia .
Eram muitíssimos Amigos
e tinham sonhos para sair de Macau sempre que
conversavam .
Faziam mil e um planos dos modos que queriam recomeçar a
vida noutra cidade do Planeta
Uma noite e no final de turno,
contava as peripécias que tinha passado durante o turno de serviço com dois colegas
chineses que o obrigaram a ficar ate ao
final da queda de uma grua que estava
montada num dos prédios em construção .
Estava uma
ventania ciclónica e observando e esperando a sua queda ,os dois policias
apostaram para que lado a grua cairia ,
uma soma já bastante elevada .Bem queria o Alfredo sair dali mas os colegas não queriam arredar pé’ e
finalmente passadas mais de duas horas a grua finalmente caiu.
Como já estavam no final do turno passaram perto da grua ,Alfredo que guiava o veiculo saiu do carro
vendo que tinha sido uma queda santa sem muitos prejuízos materiais alem da grua
e nenhum problema de danos pessoais . Localizaram a área com cones de trânsitos
encarnados e depois de comunicarem com o Comando nas suas calmas
regressaram ao posto policial para serem rendidos …
Enquanto fazia a narrativa de
toda esta historia Alfredo admirava-se de Amândio não mostrar qualquer
interesse naquilo que este lhe contara .
Tu hoje não estas bom
, ainda estas a dormir .
O que e que se passa contigo ?
Amândio com grande calma diz-lhe : vamos nos preparar porque amanha vamos sair
de Macau , já temos o dinheiro para levarmos
Alfredo incrédulo não
queria acreditar .
Passados três dias já estavam alojados naquela espelunca que se
designava hotel na Cidade de Vancouver Canada .
Alfredo era de feitio expansivo sempre risonho e dava gostos as suas
aventuras contadas ,apesar de ser tão novo ainda .Amândio era mais reservado e
parecia que nunca tinha historias para contar
e sentia-se envergonhado quando
“ Alfredo lhe dizia que Amândio tinha nascido num berço
de ouro algures na África Portuguesa , ate criados tinha para o levarem as
cavalitas para a escola .
Já’ Alfredo se queixava que tinha sido feito na casa do
Doutor que emprenhou a cria dita de serviço
e esta tempos depois legou a’ sua santa mãe ’ o cuidado de criar o seu
neto “ , * palavras textuais *
Andando , saltando pelas fragas das serras se fez homem e adorando a sua Avo’ mais do que uma Mãe foi parar ao exercito e ,não sabendo como , – nunca o
tentei saber – caiu de para quedas naquela linda e pitoresca Cidade de Macau.
Amândio
sendo de raça mestiça aparentando uma cultura e porte senhorial nunca falou de
si ou seus familiares
Alfredo segundo constava era grande trabalhador enquanto Amândio nunca se
constou que tenha feito algum serviço durante o tempo , meses que esteve em
Vancouver
Durante uma ceia na minha casa Alfredo sozinho, contou -
nos o que parece nunca tinha dito em Vancouver e assim ficamos a saber que Amândio
tinha feito um pequeno desfalque no banco mas que foi tão ínfimo que nem para
um ano dava para viverem em Vancouver .Passaram –se uns meses e uma entidade
policial minha amiga disse-me que um dos meus amigos , Alfredo tinha sido
apanhado com uma pequena dose de droga leve mas como estava ilegal no Pais iria
ser deportado quando saísse da prisão .
Fiz ver a esse senhor oficial da policia e disse-lhe que Alfredo dizia que um dia que saísse de Vancouver
gostaria de ir para a Venezuela ? pai’s
aonde tinha bastantes familiares seus ,se ele fosse para Macau ou Portugal não
se sentiria tanto a vontade e haveria piores consequências .Passados poucos
dias apareceu-me em minha casa o Alfredo
dizendo-me que ia sair do pais e ia ter com os seus Familiares na América do Sul
.
Agradeceu toda a amabilidade e todos os favores que tínhamos feito a eles .” “ Nunca mais os esquecerei ! “ Esquecer certamente não esqueceu mas o
que e’ certo , nunca mais se fez lembrar
.
Alfredo disse-nos que Amândio tinha pedido para ir para Macau , não
apareceu para se despedir . Por nosso lado nunca mais soubemos o que lhe tinha
acontecido .
Amigo e Senhor
como o prometido e devido aqui esta’ a
“ Historia do Policia e o ladrao
“
Com os mais respeitosos cumprimentos para vos e Vossa Estimada Familia . pela Familia Leonardo, assina o
Manuel Joaquim Leonardo
Manueldepeniche@
Vancouver . B.C.
Canada 23 de Julho
de 2011 12/05/29 -
P. S. Esta carta
foi escrita porque uma individualidade portuguesa me pediu para dar mais dados pessoais dos dois protagonistas . Assim o fiz , e
agora como não há’ policias nem ladroes
em Portugal estou a dar conhecimento
publico pensando estar a dar uma Grande Contribuicao em Honra da Justiça em
Portugal
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