terça-feira, 13 de maio de 2014

Policias e ladroes

                                                                                                    Peniche Fortaleza 
                                                                                                                                       Autor ?


                                                                                             Policias e ladroes 

                                                                                                       Actual ? 




                                                                         ( Assimilação )

                                                                       Tempos modernos
                                                                                    de

                                                                                 2014


                                                                      O policia e o ladrão

              A ultima nossa beneficência junto da Colónia Portuguesa foi protagonizada  por um desvio insólito de dois homens que preferiram a ilegalidade  ao trabalho honesto e por isso como e natural sofreram as suas consequências
              Depois de um dia de trabalho harmonioso decidi depois de jantar dar uma volta ate ao nosso ainda Clube Português de Vancouver.
              Ainda mal tinha entrado a soleira da porta  e enquanto espraiava a vista pela sala de convívio   já via o meu amigo Ramos  que em direcção a saída  se aproximava de mim .
Afastei-me para o deixar passar pois estava - lhe a obstruir a saída  quando ele parando disse - me :
              Eu não vou sair , somente quero contar-lhe mais uma dificuldade que existe entre dois nossos compatriotas  que há poucas semanas chegaram a Vancouver e já estão com dificuldades  pois não encontram trabalho e acabou -se - lhes o dinheiro e agora estão aflitos pois não teem dinheiro para pagar o hotel em que estão hospedados e já não teem dinheiro para se alimentarem.
              O meu Amigo Ramos de vez enquanto proporcionava-me encontros desta natureza  e eu como sempre tentava resolver as situações , mais uma vez me vinha dar a conhecer  este problema.
               Enquanto bebia-mos um café o Ramos deu-me mais pormenores e assim fiquei a saber que se tratava de dois portugueses que não eram conhecidos na colónia e que ele sabia que já não tinham comer no dia seguinte.
Eram rapazes novos ainda próximo dos trinta anos de idade e ao que  parecia , tinham vindo como turistas
               Mais uma vez fiz notar ao meu Amigo Ramos que eu não podia armar em benfeitor dos desfavor idos da sorte que por entre malhas me vinham bater a minha porta.
Vivíamos do nosso trabalho e já tínhamos uma Família grande para também ajudar
                Senhor Manuel nos sabemos que o Sr. consegue sempre arranjar algum estratagema para ajudar os nossos emigrantes…. e era por isso que ele mais uma vez me pedia para ver o que poderia fazer por estes .
O Ramos já era um dos meus conhecidos de Montreal que por sinal enquanto solteiros usavam passar a ceia  de Natal  com a nossa Família  e eu tinha - o sempre como um Homem serio e comecei indagando aonde era o hotel que eles estavam a viver  e no dia seguinte depois de jantar fui ao local indicado para verificar se estaria lá algum deles .
                De facto estavam lá os dois   e sem muitos preâmbulos fiz-me convidado a entrar .
Pareciam muito envergonhados com a nossa presença pois a minha Mulher como de costume tinha ido comigo e em poucos minutos sem entrar em pormenores pessoais pedi  um refrescante para  tomar  ao qual me responderam  que não tinham nada para oferecer .
Disse -lhes que aqui no Canada e’ costume o frigorifico estar sempre recheado de tudo que no’s necessitamos.
                Ganharam coragem e um deles disse –me que pouco tinham ou mesmo nada .
Descaradamente e já’ agarrando o puxador da porta  disse-lhes , posso ? e de seguida abri a porta .
Lá dentro não havia nada ! !. Então vocês vão comer ao restaurante ? . 
Não ,nós fazemos aqui quando temos .
Fechei a porta e disse –lhes  : nós voltamos já’ . Dai a pouco regressamos e já trazíamos  uns pacotes de carne da mais barata, miúdos de galinha e algumas pecas de porco , esparguete ., um pacote de carne de vaca para gizar ,batatas, três ou quatro cabeças de nabos , um repolho ,etc.
                Ficou combinado que no outro dia me telefonassem para eu poder dizer alguma coisa se houvesse.
 Dali fui logo falar com um amigo para saber se ele lá tinha algum quarto para ficarem e serviço de cozinha.
               Tudo ficou resolvido e no final do tempo que faltava para saírem do hotel consegui arranjar trabalho para um  e o outro também podia ir. Eu como de costume disse a esse meu amigo que eu pagaria o primeiro mes mas ele , nunca dizia que eu estava como fiador e nunca ninguém  me deixou mal  , embora um ficou ‘me a dever por seis anos, pois ate a passagem de retorno tive que pagar –lhe mas essa e outra grande historia .
                Ficamos Amigos e de vez em quando convidava-os para comerem  muitas das vezes e foi a pouco e pouco que comecei a saber a historia....

                Alfredo e Amândio , nomes fictícios , tinham vindo juntos de Macau e fizeram uma grande aventura .
Alfredo era policia  nunca o soube , se  Policia de Segurança Publica ? ou outra qualquer que na altura fazia serviço de patrulha e policiava  a Cidade de Macau .  Era natural de uma vila de Trás dos Montes  e filho bastardo de um Sr. doutor das redondezas .  Amândio era empregado num banco também nessa cidade  não   sabendo eu , nome nem qual a posição que nesse banco exercia .
Eram muitíssimos Amigos  e  tinham  sonhos para sair de Macau sempre que conversavam .
Faziam mil e um planos dos modos que queriam recomeçar a vida noutra cidade do Planeta
                  Uma noite  e no final de turno, contava as peripécias que tinha passado durante o turno de serviço com dois colegas chineses que  o obrigaram a ficar ate ao final da queda de uma grua  que estava montada num dos prédios em construção .
 Estava uma ventania ciclónica e observando e esperando a sua queda ,os dois policias apostaram para que lado a grua cairia  , uma soma já bastante elevada .Bem queria o Alfredo sair  dali mas os colegas não queriam arredar pé’ e finalmente passadas mais de duas horas a grua finalmente caiu.
                   Como já estavam no final do turno passaram perto da grua  ,Alfredo que guiava o veiculo saiu do carro vendo que tinha sido uma queda santa sem muitos prejuízos materiais alem da grua e nenhum problema de danos pessoais . Localizaram a área com cones  de trânsitos  encarnados  e depois de  comunicarem com o Comando nas suas calmas regressaram ao posto policial para serem rendidos …
                      Enquanto fazia a narrativa  de toda esta historia Alfredo admirava-se de Amândio não mostrar qualquer interesse naquilo que este lhe contara .
Tu hoje não estas bom  , ainda estas a dormir .
O que e que se passa contigo ?
Amândio com grande calma diz-lhe  : vamos nos preparar porque amanha vamos sair de Macau , já temos o dinheiro para levarmos
 Alfredo incrédulo não queria acreditar .
                       Passados três dias já estavam alojados naquela espelunca que se designava hotel  na Cidade de Vancouver  Canada .
                      Alfredo era de feitio expansivo sempre risonho e dava gostos as suas aventuras contadas ,apesar de ser tão novo ainda .Amândio era mais reservado e parecia que nunca tinha historias para contar  e sentia-se envergonhado quando
“ Alfredo lhe dizia que Amândio tinha nascido num berço de ouro algures na África Portuguesa , ate criados tinha para o levarem as cavalitas para a escola .
Já’ Alfredo se queixava que tinha sido feito na casa do Doutor que emprenhou a cria dita de serviço  e esta tempos depois legou a’ sua santa mãe ’ o cuidado de criar o seu neto “ , * palavras textuais *
                Andando , saltando pelas fragas das serras se fez homem  e adorando a sua Avo’  mais do que uma Mãe  foi parar  ao exercito e ,não sabendo como , – nunca o tentei saber – caiu de para quedas naquela linda e pitoresca Cidade de Macau.
                Amândio sendo de raça mestiça aparentando uma cultura e porte senhorial nunca falou de si ou seus familiares
                Alfredo segundo constava era grande trabalhador enquanto Amândio nunca se constou que tenha feito algum serviço durante o tempo , meses que esteve em Vancouver
Durante uma ceia na minha casa Alfredo sozinho, contou - nos o que parece nunca tinha dito em Vancouver e assim ficamos a saber que Amândio tinha feito um pequeno desfalque no banco mas que foi tão ínfimo que nem para um ano dava para viverem em Vancouver .Passaram –se uns meses e uma entidade policial minha amiga disse-me que um dos meus amigos , Alfredo tinha sido apanhado com uma pequena dose de droga leve mas como estava ilegal no Pais iria ser deportado quando saísse da prisão .
                  Fiz ver a esse senhor oficial da policia e disse-lhe que Alfredo  dizia que um dia que saísse de Vancouver gostaria  de ir para a Venezuela ? pai’s aonde tinha bastantes familiares seus ,se ele fosse para Macau ou Portugal não se sentiria tanto a vontade e haveria piores consequências .Passados poucos dias  apareceu-me em minha casa o Alfredo dizendo-me que ia sair do pais e ia ter com os seus Familiares na América do Sul .
                   Agradeceu toda a amabilidade e todos os favores que  tínhamos feito a eles .” “      Nunca mais os esquecerei  ! “ Esquecer certamente não esqueceu mas o que e’ certo ,  nunca mais se fez lembrar .
                    Alfredo disse-nos que Amândio tinha pedido para ir para Macau , não apareceu para se despedir . Por nosso lado nunca mais soubemos o que lhe tinha acontecido .
                
 Amigo e Senhor como o prometido  e devido aqui esta’ a
                                              
                                                                  “ Historia do Policia e o ladrao “

Com os mais respeitosos cumprimentos   para vos e Vossa Estimada Familia . pela  Familia Leonardo, assina o
Manuel Joaquim Leonardo             Manueldepeniche@
Vancouver .  B.C.
Canada     23 de Julho de 2011                 12/05/29 - 


 P. S. Esta carta foi escrita porque uma individualidade portuguesa me pediu para  dar mais dados pessoais  dos dois protagonistas . Assim o fiz , e agora  como não há’ policias nem ladroes em Portugal  estou a dar conhecimento publico pensando estar a dar uma Grande Contribuicao em Honra da Justiça em Portugal

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