quarta-feira, 17 de julho de 2013

Historias de uma Vida



                                                                     
                                                   


                                        Historias de uma Vida


   Já o tenho escrito diversas vezes que quando comecei com a edição do Blogue  Fiel Amigo de Peniche -fielamigodepeniche.blogspot.com ,  seria uma maneira de por todos os meus escritos que anteriormente tenho dado vida nas mais diversas maneiras  e publicações em diversas parte do Mundo que ao longo da minha vida , desde os meus 12 anos de idade tenho escrevinhado dando oportunidade aos meus leitores que me teem seguido ao longo destes muitos anos de me amarem ou detestarem consoante a sua sensibilidade humana , intelectualidade mais culta ou menos cultivada ou ainda aqueles que sabendo tudo  vêem nos meus escritos  uma escrita  araviada , de ideias mal concebidas que outros qualificam de charadismo  qualificado  mas impróprio para muitas mentes pensadoras .
    Mesmo a minha maneira de estar na vida , contar as minhas historias  com uma realidade muito própria da minha maneira de ser , confundem muitas entidades ,
A minha honestidade  tem sido sempre vista por muitos um obstáculo difícil de digerirem  .
    Mesmo a calunia que algumas vezes me tem chegado tem servido para eu mostrar que  tento ser fiel a mim mesmo , ficar  com o dolo da duvida para muitas vezes a verdade explicita não infligir danos morais ,maiores , na pessoa que desencadeia a calunia .
Maneiras minhas de estar na vida ! !
    Dando seguimento a’ minha longa viagem ,vou hoje continuar com a minha  continuação de diácono na paroquia de Peniche .

                                                                    A Senhora Dona Januaria

      Nunca fiquei a saber se o nome da Senhora Januaria   seria um derivativo  do nome do seu companheiro .Januario ou vice versa pois ambos usavam o mesmo nome mas uma coisa  era certa a Senhora sempre foi conhecida e baptizada com o nome de Januaria durante toda a sua longa vida  e eram vizinhos dos meus pais , havia mais de uma década  ,eu como vivi em Lisboa durante 7 anos não me consideravam como vizinho.
       Vivíamos num  perímetro de cerca de cinquenta  mil m2 rodeados de caminhos em forma de uma vela de moinho que se delimitava  desde a Capela do Senhor   no Calvário e nos estendíamos para sul ,ate’ a’ estrada que partindo  no fim do bairro da Macedónia – actualmente Ramirez – nos levava ao Convento , aonde logo a’ esquerda ficava a casa da Família Óscar e mesmo em frente desta a casa o meu Grande Amigo  José Alexandre , vulgo José Varredor que foi famoso com o seu dar sangue e salvar muitas vidas durante muitas décadas , com o seu clarim que parecia que chorava , nas marchas fúnebres  ou estridentemente  mostrava a sua alegria com sons deliciosos  quando a Fanfarra dos Bombeiros em dias festivos faziam a grande Honra de tocarem para a população de Peniche , um Homem Grande e Grande Chefe amado por colegas e por todos que o conheciam  que os Corpos Directivos dos Bombeiros se esqueceram de  Homenagear  como era merecedor .
         A casa da Família Januaria ficava situada  a escassos duzentos metros da capela em direcção ao poente  e a minha habitação era a uns escassos cem metros  dessa Família também em direcção ao poente 
        Todos rapazes , éramos quase todos da mesma idade eu com 13/ 14 anos eles com 14 . 15 anos  fazíamos as nossas brincadeiras quando os afazeres o permitiam  mas as nossas irmãs estavam sempre retiradas ou brincando a’ parte , nunca tinham ordem de brincarem juntamente connosco .

    Como já não via a Senhora Januária  talvez havia três semanas perguntei ao seu filho Januário ,  -todos nos éramos chamados pelo nome dos nossos pais eu era o Caetano - se ela tinha ido a algum lado , aonde ela estava ,ele disse-me muito tristonho que sua mãe não saia de casa que não se podia levantar .
     Fiquei logo com curiosidade de a visitar e logo no outro dia  a meio da manha  bati a’ porta e timidamente  após ninguém me responder, devagarinho  entrei para a casa de fora e chamei suavemente :
     Senhora Januária ?... Não ouvi responder .
Afoitada mente procurei nos quarto ate’ que a vi deitada imóvel e quase sem respirar . Tentei reanima-la  mas ela não respondia ….Como ninguém aparecia fui de corrida a casa  agarrei no meu missal  e de caneca na mão corri para a Igreja de nossa Senhora da Ajuda e  gritei pelo senhor prior . Ninguém me respondeu  nem vi nenhuma pessoa .
     Fui a’ pia da agua benta aonde tinha sido baptizado e metendo a tigela lá dentro tirei  agua  que quase enchia a tigela  . Comecei a correr  e dai a poucos minutos já eu estava a tentar reanimar a senhora Januária. Ela  espumando pela  boca não me respondia … e ninguém aparecia …
Procurei por uma vela e não a vi … procurei o candeeiro que estava em cima de uma mesa na casa de entrada .  Acendi-o pois a luz no quarto era pouca e voltei a procurar e finalmente vi mesmo ali em cima do mocho que servia de mesa de cabeceira uma pequena vela , acendi –a e folheando as paginas do meu missal dei com a oração que se rezava para fazer  o baptizo .
     Calmamente para não perder uma só’ palavra fiz solenemente  a cerimonia do Baptismo .
Mais calmo voltei a’ Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e quase ao chegar vi o Sr. Prior que vinha saindo da Igreja . Gritei para vir ter comigo  e ele penosamente entrou a porta da casa aonde eu pensava que estaria lá dentro um corpo defunto m as  entregue a Deus .
       Esta’ aqui uma senhora que possivelmente estará’ morta mas eu baptizei -a    
 Atonitamente o Sr. Pior aproximou-se do corpo e quase gritando exclamou !!! ..Ela esta’ viva !!...
        Poucos minutos depois    apareceu o Tio Januário o qual foi posto ao corrente do que se estava a passar também uma vizinha que eu não conhecia meteu a cabeça para dentro da casa e o Sr. Prior ao vê-la disse –lhe vai a correr chamar o medico por favor
Aproveitando o Sr. Prior estar ali perguntei-lhe porque ele não fazia naquele momento o casamento ? ao qual me respondeu que a ia baptizar e casa-la
        Eu disse Sr. Prior esta senhora já foi baptizada …
Ele não concordou comigo e ali foi baptizada pela segunda vez e casada de seguida

     Tive que explicar nesse dia  o porque  de eu ter feito o baptizo mas o senhor  Prior  certamente nunca concordou.
     
       A senhora Januaria não morreu dessa  e anos mais tarde  infelizmente teve uma doença psicológica que a apoquentou ate’ ao resto da sua ainda longa vida
Ainda consegui ouvir ela dizer-me  muitas vezes que eu tinha sido a madrinha de baptizo dela e o senhor Prior o padrinho . Por mais vezes que a minha Mulher Genoveva lhe disse -se que eu tinha sido o seu padrinho de baptizo e padrinho de casamento ela nunca se concentrava.
 P.S.
 Para poderem compreender melhor como eu fiz esta celebração católica agradecia que fossem a este  fielamigodepeniche.blogspot.com   no dia 26 de Junho de 2013
   
Manuel Joaquim Leonardo
 Peniche Vancouver Canada         17 de Julho de 2013
                                                       

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