Historias de uma Vida
Já o tenho escrito diversas vezes que quando comecei com a edição do Blogue Fiel Amigo de Peniche -fielamigodepeniche.blogspot.com , seria uma maneira de por todos os meus escritos que anteriormente tenho dado vida nas mais diversas maneiras e publicações em diversas parte do Mundo que ao longo da minha vida , desde os meus 12 anos de idade tenho escrevinhado dando oportunidade aos meus leitores que me teem seguido ao longo destes muitos anos de me amarem ou detestarem consoante a sua sensibilidade humana , intelectualidade mais culta ou menos cultivada ou ainda aqueles que sabendo tudo vêem nos meus escritos uma escrita araviada , de ideias mal concebidas que outros qualificam de charadismo qualificado mas impróprio para muitas mentes pensadoras .
Mesmo a minha maneira de estar na vida , contar as minhas historias com uma realidade muito própria da minha maneira de ser , confundem muitas entidades ,
A minha honestidade tem sido sempre vista por muitos um obstáculo difícil de digerirem .
Mesmo a calunia que algumas vezes me tem chegado tem servido para eu mostrar que tento ser fiel a mim mesmo , ficar com o dolo da duvida para muitas vezes a verdade explicita não infligir danos morais ,maiores , na pessoa que desencadeia a calunia .
Maneiras minhas de estar na vida ! !
Dando seguimento a’ minha longa viagem ,vou hoje continuar com a minha continuação de diácono na paroquia de Peniche .
A Senhora Dona Januaria
Nunca fiquei a saber se o nome da Senhora Januaria seria um derivativo do nome do seu companheiro .Januario ou vice versa pois ambos usavam o mesmo nome mas uma coisa era certa a Senhora sempre foi conhecida e baptizada com o nome de Januaria durante toda a sua longa vida e eram vizinhos dos meus pais , havia mais de uma década ,eu como vivi em Lisboa durante 7 anos não me consideravam como vizinho.
Vivíamos num perímetro de cerca de cinquenta mil m2 rodeados de caminhos em forma de uma vela de moinho que se delimitava desde a Capela do Senhor no Calvário e nos estendíamos para sul ,ate’ a’ estrada que partindo no fim do bairro da Macedónia – actualmente Ramirez – nos levava ao Convento , aonde logo a’ esquerda ficava a casa da Família Óscar e mesmo em frente desta a casa o meu Grande Amigo José Alexandre , vulgo José Varredor que foi famoso com o seu dar sangue e salvar muitas vidas durante muitas décadas , com o seu clarim que parecia que chorava , nas marchas fúnebres ou estridentemente mostrava a sua alegria com sons deliciosos quando a Fanfarra dos Bombeiros em dias festivos faziam a grande Honra de tocarem para a população de Peniche , um Homem Grande e Grande Chefe amado por colegas e por todos que o conheciam que os Corpos Directivos dos Bombeiros se esqueceram de Homenagear como era merecedor .
A casa da Família Januaria ficava situada a escassos duzentos metros da capela em direcção ao poente e a minha habitação era a uns escassos cem metros dessa Família também em direcção ao poente
Todos rapazes , éramos quase todos da mesma idade eu com 13/ 14 anos eles com 14 . 15 anos fazíamos as nossas brincadeiras quando os afazeres o permitiam mas as nossas irmãs estavam sempre retiradas ou brincando a’ parte , nunca tinham ordem de brincarem juntamente connosco .
Como já não via a Senhora Januária talvez havia três semanas perguntei ao seu filho Januário , -todos nos éramos chamados pelo nome dos nossos pais eu era o Caetano - se ela tinha ido a algum lado , aonde ela estava ,ele disse-me muito tristonho que sua mãe não saia de casa que não se podia levantar .
Fiquei logo com curiosidade de a visitar e logo no outro dia a meio da manha bati a’ porta e timidamente após ninguém me responder, devagarinho entrei para a casa de fora e chamei suavemente :
Senhora Januária ?... Não ouvi responder .
Afoitada mente procurei nos quarto ate’ que a vi deitada imóvel e quase sem respirar . Tentei reanima-la mas ela não respondia ….Como ninguém aparecia fui de corrida a casa agarrei no meu missal e de caneca na mão corri para a Igreja de nossa Senhora da Ajuda e gritei pelo senhor prior . Ninguém me respondeu nem vi nenhuma pessoa .
Fui a’ pia da agua benta aonde tinha sido baptizado e metendo a tigela lá dentro tirei agua que quase enchia a tigela . Comecei a correr e dai a poucos minutos já eu estava a tentar reanimar a senhora Januária. Ela espumando pela boca não me respondia … e ninguém aparecia …
Procurei por uma vela e não a vi … procurei o candeeiro que estava em cima de uma mesa na casa de entrada . Acendi-o pois a luz no quarto era pouca e voltei a procurar e finalmente vi mesmo ali em cima do mocho que servia de mesa de cabeceira uma pequena vela , acendi –a e folheando as paginas do meu missal dei com a oração que se rezava para fazer o baptizo .
Calmamente para não perder uma só’ palavra fiz solenemente a cerimonia do Baptismo .
Mais calmo voltei a’ Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e quase ao chegar vi o Sr. Prior que vinha saindo da Igreja . Gritei para vir ter comigo e ele penosamente entrou a porta da casa aonde eu pensava que estaria lá dentro um corpo defunto m as entregue a Deus .
Esta’ aqui uma senhora que possivelmente estará’ morta mas eu baptizei -a
Atonitamente o Sr. Pior aproximou-se do corpo e quase gritando exclamou !!! ..Ela esta’ viva !!...
Poucos minutos depois apareceu o Tio Januário o qual foi posto ao corrente do que se estava a passar também uma vizinha que eu não conhecia meteu a cabeça para dentro da casa e o Sr. Prior ao vê-la disse –lhe vai a correr chamar o medico por favor
Aproveitando o Sr. Prior estar ali perguntei-lhe porque ele não fazia naquele momento o casamento ? ao qual me respondeu que a ia baptizar e casa-la
Eu disse Sr. Prior esta senhora já foi baptizada …
Ele não concordou comigo e ali foi baptizada pela segunda vez e casada de seguida
Tive que explicar nesse dia o porque de eu ter feito o baptizo mas o senhor Prior certamente nunca concordou.
A senhora Januaria não morreu dessa e anos mais tarde infelizmente teve uma doença psicológica que a apoquentou ate’ ao resto da sua ainda longa vida
Ainda consegui ouvir ela dizer-me muitas vezes que eu tinha sido a madrinha de baptizo dela e o senhor Prior o padrinho . Por mais vezes que a minha Mulher Genoveva lhe disse -se que eu tinha sido o seu padrinho de baptizo e padrinho de casamento ela nunca se concentrava.
P.S.
Para poderem compreender melhor como eu fiz esta celebração católica agradecia que fossem a este fielamigodepeniche.blogspot.com no dia 26 de Junho de 2013
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada 17 de Julho de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário